Eu estava à procura na ciência da
satisfação que o esforço da pesquisa e o momento da descoberta oferecem; eu
nunca fui daquelas pessoas que não aguentam o pensamento de terem desperdiçado
a sua vida antes de terem conseguido escrever o seu nome na rocha pelo meio das
ondas. Mas quando penso como é que eu seria se não te tivesse encontrado – sem
ambição, sem saber desfrutar os pequenos prazeres da vida, sem qualquer
fascínio pela magia do ouro, e ao mesmo tempo dotado de uma inteligência
moderada e sem quaisquer meios materiais – iria sentir-me muito miserável e
entraria em declínio. Tu
dás-me não apenas objectivos e direcção, mas também tanta felicidade, que nunca
poderia sentir-me insatisfeito com o presente infortunado que vivo neste
momento; tu dás-me esperança e a certeza do sucesso. Eu sabia-o mesmo antes de
tu me amares e sei-o agora que tu me amas, e é graças a ti que me tornei um
homem auto-confiante e corajoso.
Carta de Sigmund Freud a Martha Bernays, 9 de Setembro 1883 (excerto)
Carta de Sigmund Freud a Martha Bernays, 9 de Setembro 1883 (excerto)
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